A degeneração e a instabilidade

É definida como uma situação em que a coluna vertebral apresenta dificuldade na manutenção de sua capacidade de mobilidade frente às cargas/solicitações fisiológicas.
A chamada instabilidade segmentar refere-se a uma porção/segmento funcional, representado por duas vértebras e um disco,que responde de modo inadequadamente à carga e movimenta-se além do normal quando solicitado.
É interessante observar que muitas vezes há uma dissociação clínico-radiológica, ou seja, no estudo de imagem há nítida instabilidade;porém, o paciente encontra-se absolutamente assintomático. Portanto, nem toda instabilidade é dolorosa.
As doenças degenerativas representam de modo característico a instabilidade.

Imagem radiológica de instabilidade em coluna lombar com alterações degenerativas.

Ressonância magnética de doença degenerativa discal como causa de dor e instabilidade.
A Osteoporose
⦁ É um distúrbio osteometabólico caracterizado pela diminuição da densidade mineral óssea (DMO), com deterioração da microarquitetura óssea, levando a um aumento da fragilidade esquelética e do risco de fraturas.

⦁ As principais manifestações/complicações clínicas são as fraturas, sendo as mais frequentes as de vértebras, fêmur e antebraço.
⦁ A Dor crônica e a depressão dela decorrente são importantes manifestações clínicas muitas vezes ignoradas e/ou negligenciadas, bem como a perda da independência e a mortalidade.
⦁ A prevalência da doença e a incidência de fraturas variam de acordo com o sexo e raça:
mulheres brancas na pós-menopausa;
• Maior incidência de fraturas.
• A partir dos 50 anos 30% das mulheres e 13% dos homens poderão sofrer algum tipo de fratura por osteoporose.
⦁ É a principal causa de fratura na população acima de 50 anos;
⦁ Alta taxa de morbimortalidade;

⦁ Acima de 50% dos indivíduos que sofreram fratura de quadril perdem a capacidade de uma vida com independência e/ou necessitam viver em ambientes institucionalizados.
⦁ Apenas as medidas de densidade mineral óssea (DMO) podem identificar a massa óssea reduzida.
⦁ Densitometria óssea!
⦁ Exame de referência;
MEDIDAS DE MASSA ÓSSEA / AVALIAÇÃO DE RISCO
⦁ Determinação do risco de fraturas;
⦁ Identificar os candidatos para tratamento;
⦁ Acompanhar a evolução natural da doença ou do tratamento;
⦁ Aumentar a aceitação e a aderência aos diferentes tratamentos.
⦁ O intervalo de exames comparativos é de no mínimo
de 12 a 24 meses.
⦁ Devem ser levados em consideração a idade dos pacientes, sexo, doença de base, tecnologia empregada, erro de precisão do serviço.
⦁ A OMS define a Osteoporose como a condição em que a densidade mineral óssea é igual ou inferior a 2,5 DP abaixo do pico de massa óssea do adulto jovem.
⦁ A Osteopenia ou baixa massa óssea é quando a DMO está entre
1 a 2,5 DP abaixo do pico de massa óssea do adulto jovem.
A Densitometria está indicada:
- mulheres com idade igual ou superior a 65 anos;
- homens com idade igual ou superior a 70 anos;
- adultos que sofreram fratura após os 50 anos;
- indivíduos com anormalidades vertebrais radiológicas;
- adultos com agravos associados a osteoporose secundária, tais como doenças crônico-degenerativas ou uso de glicocorticoide (5mg/dia ou superior) por período acima de 3 meses.
- menopausa precoce não tratada (antes dos 40 anos);
- história materna de fratura de colo femural e/ou osteoporose.
(*) IMPORTANTE:
⦁ As quedas tem especial destaque na gênese da fratura osteoporótica;
⦁ Mais de 90% das fraturas de quadril resultam de quedas de baixo impacto/da própria altura;
⦁ Cerca de 30% dos idosos caem pelo menos uma vez ao ano e 5% resultam em fraturas.
⦁ Uma história de uma ou duas quedas nos últimos 6 meses classifica o idoso como “caidor”, demandando cuidados preventivos específicos.

Tratamento
NÃO MEDICAMENTOSO
1.Exercício físico
2. Prevenção de quedas
3. Controle do tabagismo e ingestão de álcool
MEDICAMENTOSO
1.Suplementação de cálcio
2.Vitamina D
3.Bifosfonatos
